Gato preto (Foto: Weber Sian/ A Cidade)

Hoje, Sexta-feira 13, é aquele temido dia em que os mais supersticiosos só levantam da cama com o pé direito, correm de um gato preto como o diabo foge da cruz, dão meia-volta se encontram uma escada no meio do caminho.

Outras pessoas, para espantar o mau agouro nascido com o raiar do dia, enchem os bolsos e bolsas de balangandãs, figas, patuás e pés de coelho.

Mas há quem considere a data como dia de sorte, de bons fluídos, vitórias.

Mas, qual é origem da maldição da Sexta-feira 13?

Poucos sabem dizer de fato. O mestre em história Rainer Sousa afirma que há várias possibilidades difundidas em diferentes culturas espalhadas ao redor do mundo. Uma delas é de que a maldição vem desde a época de Jesus Cristo que, antes de ser crucificado em uma sexta-feira, celebrou uma ceia com treze participantes.

Outra lenda fala sobre um grande banquete oferecido pelo deus Odin a outras doze divindades. Ofendido por não ter sido convidado, Loki, o deus da discórdia e do fogo, foi à reunião e causou uma enorme confusão que resultou na morte de Balder, uma das mais belas divindades conhecidas. Com isso, criou-se o mito de que um encontro com treze pessoas sempre termina mal.

Segundo Souza, a história da maldição da sexta-feira 13 também tem a ver com o processo de cristianização dos povos bárbaros que invadiram a Europa no início do período medieval. Antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas e tinham grande estima por Friga, deusa do amor e da beleza. Com o processo de conversão, passaram a amaldiçoá-la como uma bruxa que, toda sexta-feira, se reunia com outras 11 feiticeiras e o demônio para rogar pragas contra a humanidade.

“Apesar de tantos infortúnios associados a essa data, muitos a interpretam com um significado completamente oposto ao que foi aqui explicado. De acordo com os princípios da numerologia, o treze – por meio da somatória de seus dígitos – é um numeral próximo ao quatro, compreendido como um forte indício de boa sorte. Além disso, indianos, estadunidenses e mexicanos associam o número treze à felicidade e ao futuro próspero”, diz Souza.