Luiz Carlos Alves de Souza é o cirurgião responsável pelos procedimentos em Ribeirão (foto: Weber Sian / A Cidade)

Uma nova tecnologia, inspirada no transplante coclear [conhecido como ouvido biônico] já tem sido usada em Ribeirão Preto para trazer de volta a audição de pessoas que tiveram a perda unilateral desse sentido. 

O professor Luiz Carlos Alves de Souza é o cirurgião responsável por realizar as cirurgias. Até agora já foram feitas 11 cirurgias no País, cinco em Ribeirão. “Recentemente, começaram a aparecer essas próteses de condução óssea, destinadas a pacientes que perderam a audição de um dos ouvidos por diferentes motivos.”

Segundo ele, o procedimento de implante da prótese Bonebridge já tem sido feito há um ano. Todas essas cirurgias feitas em Ribeirão foram realizadas no hospital São Lucas e, a grande maioria delas, foi coberta pelo convênio médico.

O novo aparelho capta o som do ambiente, faz o processamento transformando toda a acústica em elétrica e manda por meio de sinal de rádio a informação que vai direto para o osso e para a cóclea.

“O som é conduzido pelo osso até o outro ouvido que tem a audição e, dessa forma, a pessoa tem a sensação de que voltou a ouvir perfeitamente por aquele ouvido que ela já não escutava mais”, afirma Souza.

Para o procedimento particular, o aparelho Bonedridge custa em torno de R$ 40 mil, fora os custos da cirurgia e internação. “A falta de audição de um dos ouvidos é uma coisa muito séria e compromete muito a vida das pessoas. Ela é comum e tira a localização espacial do indivíduo”, disse.

Entenda o processo de colocação da prótese (Arte / A Cidade)

HC faz outro tipo de implante para pacientes adultos

Em outubro do ano passado, o A Cidade mostrou que o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto tinha começado a realizar o implante auditivo binaural, em pacientes adultos.

Diferente da técnica realizada pelo professor Luiz Carlos Alves de Souza, o implante do HC é para adultos que não escutam dos dois ouvidos. 

No implante binaural, o nervo auditivo fica ativo nos dois ouvidos, ao contrário do unilateral, possibilita discriminação melhor do som.  A pessoa consegue se concentrar melhor em uma conversa, por exemplo, sem interferência dos ruídos de fundo.