Apesar da proibição judicial, guardadores cobravam de R$ 5 a R$ 10 para olhar carros
Apesar da promessa da Polícia Militar de coibir a ação de flanelinhas durante o clássico Come-Fogo, em cumprimento à determinação judicial, eles conseguiram agir livremente ontem à noite. A reportagem presenciou, entre 19h30 e 20h, ao menos cinco guardadores de veículos gesticulando para os motoristas que passavam pela avenida Costábile Romano.
Um deles, posicionado no cruzamento com a rua Irineu Ferreira, em frente ao estádio Santa Cruz, guardava vagas a poucos metros de dois policiais militares da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas).
Torcedores ouvidos pelo A Cidade relataram que os preços, em média, eram de R$ 10 para estacionar nas vias públicas. “Ele cobrou R$ 5 adiantado e a outra metade eu daria quando o jogo acabasse. É um absurdo, mas se não pagar tenho medo que risquem o carro”, afirmou o autônomo Luis Ferreira Santos, torcedor do Botafogo.
Nem mesmo quem estacionava em frente ao “Parque Curupira” escapava dos flanelinhas.
“Por causa da distância, cobraram apenas R$ 5. Não temos o que fazer, vim para me divertir”, disse outro torcedor, que não quis se identificar. “Venho sempre ao estádio, tenho medo de fazerem algo depois”, justifica.
Policiais Militares disseram que a orientação do comando era identificar os flanelinhas e posteriormente informar os nomes ao Ministério Público.