Eduardo Jucá é o responsável pelo encaminhamento das gêmeas do Ceará a São Paulo; agora, elas estão internadas na enfermaria pediátrica do HC
Após cinco dias internadas, as gêmeas siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, de 1 ano e 7 meses, unidas pelo topo da cabeça, se recuperam bem e permanecem sorridentes na enfermaria pediátrica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A informação foi dada pelo neurologista Eduardo Jucá, responsável pelo encaminhamento das irmãs a São Paulo, ainda no ano passado.
"Já voltei para Fortaleza, mas estou monitorando ativamente. O resultado não poderia ser melhor, ainda mais com esta equipe qualificada e que fez um trabalho exemplar", ele afirma, com boas expectativas para os próximos passos do processo.
Nesta quinta-feira (22), o HC confirmou que o estado de saúde das meninas é estável. Elas tiveram alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na última terça-feira (20), como noticiado pelo ACidade ON. No final de semana, a primeira de quatro etapas cirúrgicas, que devem resultar na separação das cabeças, foi concluída com sucesso.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do hospital também informou que o médico a frente do caso, Hélio Rubens Machado, "está viajando a trabalho e não pôde atender a solicitação", referente a mais atualizações. Anteriormente, ele já havia comunicado que as siamesas estão se alimentando pela boca e não apresentavam nenhum déficit neurológico ou fisiológico.
1ª vitória
No último sábado (17), as gêmeas siamesas passaram pelo primeiro obstáculo deste processo e venceram. A primeira cirurgia durou cerca de sete horas e reuniu aproximadamente 30 profissionais, entre neurologistas, neurorradiologistas, anestesistas, cirurgiões plásticos, intensivistas e enfermeiros. Uma janela de 15 centímetros foi aberta na parte direita do crânio.
A próxima fase está prevista para maio, novamente na unidade campus do HC. Durante todo o processo, as gêmeas e os pais, que preferiram não falar sobre o caso com a imprensa local, devem permanecer em Ribeirão Preto, por recomendação médica. Não há previsão de alta médica.
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