Cavalos e porcos espalham perigo em vias da zona Norte de Ribeirão Preto

16/01/2018 14:13:00

Moradores do Quintino Facci 2, Heitor Rigon e Planalto Verde reclamam da sujeira deixada pelos animais e dos riscos no trânsito

Weber Sian / A Cidade
Porco vive em uma praça do Quintino Facci 2 (Foto: Weber Sian/ A Cidade)

 

Quem passa pela avenida General Euclides Figueiredo, no Quintino Facci 2, zona Norte de Ribeirão Preto, vê mato alto nas praças e um ocupante bem peculiar: no cruzamento com a Maestro Alfredo Pires, há um porco que anda pela via pública e pista de caminhada como se estivesse num grande chiqueiro.

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A cena típica de zona rural pode até ser bucólica, mas representa risco de iminete tragédia. Por causa do trânsito do animal na rua, os motoristas têm precisado desviar o caminho e reduzir a velocidade para não atropelar o bicho, apesar de alguns moradores afirmarem estar habituados com a situação. Ao ACidade ON, uma aposentada, que preferiu não se identificar, até comparou o espaço à uma 'roça'.

“Eu moro aqui há mais de 20 anos e o vejo sempre. O proco vem sozinho, anda, atravessa a rua e só não causou acidentes graves porque está enorme. Muitos dizem que ele tem um dono, mas nunca vi. Só acompanho a sujeira e o cheiro forte que ele espalha”, afirma, em relação a presença do porco.

E, apesar de inusitado, a desordem causada por animais soltos irregularmente em vias públicas chega a ser comum na cidade. No Heitor Rigon, o perigo fica por conta do tráfego de cavalos pela via pública.

A reportagem flagrou três em frente a uma lagoa de contenção, próximo a rua André Ricciardi, enquanto se alimentavam. O caminhoneiro Roberto da Silva, de 58 anos, mora no mesmo quarteirão, que tem como quintal a rodovia Alexandre Balbo (SP 328), no Anel Viário Norte.

Segundo ele, os animais já invadiram a via e, por pouco, não fizeram vítimas. “Tentei procurar ajuda para removê-los, porque é muito grave, mas ninguém faz nada. Em minhas histórias de estrada, já quase capotei meu caminhão na Cândido Portinari nesta mesma situação”, explica.

Não muito longe dali, moradores do Planalto Verde e José Sampaio também afirmam que a presença de cavalos nas ruas e avenidas é comum e um risco grande para os motoristas que trafegam pelos bairros.

Weber Sian / A Cidade
Cavalos soltos em área verde do Heitor Rigon (Foto: Weber Sian/ A Cidade)

 

Em setembro 2016, um empresário de 29 anos morreu nesta mesma rodovia, mas na ponta contrária, no Anel Viário Sul, depois de atropelar uma égua e um potro que estavam na pista.

À época, a Polícia Militar Rodoviária (PMR) informou que Diogo Bachin Corrêa dirigia um Volkswagen/ Gol no sentido Ribeirão-Sertãozinho e chegou a ser socorrido pela concessionária que administra a rodovia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital São Francisco.

Os animais também morreram com o acidente. O proprietário não foi identificado.

Outro lado

Por meio de nota, a Coordenadoria de Bem Estar Animal informou que conta com empresa terceirizada (Ricardo Veterinário) para recolhimento de animais de grande porte como bovinos e equinos, e médios como porcos; basta o cidadão ligar para os telefones: 0800 772 1789 ou (16) 99209-6666 / (11) 99678-6938. Diariamente o serviço recolhe animais em vias públicas.


 

 



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