Em uma semana, Maria Vitória arrecada dinheiro para tratamento nos EUA

14/12/2017 15:59:00

Menina que sofre de doença rara vai viajar no fim de fevereiro do ano que vem

Matheus Urenha / A Cidade
Maria Vitória sofre com doença rara e dependia de doações para conseguir tratamento nos Estados Unidos (Foto: Matheus Urenha / A Cidade

 

A dona de casa Daiane Tanimoto, mãe da pequena Maria Vitória, 6 anos, é só alegria e esperança. Em apenas sete dias de campanha, elas conseguiram arrecadar os R$ 100 mil necessários para custear o tratamento da criança nos Estados Unidos.

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Maria Vitória é portadora de uma doença rara autoimune que, provoca infecções na pele, e somente poderá ser curada com um transplante de medula. Porém, uma pesquisa nos EUA com um medicamento é promessa de alívio à criança.

“Estou muito feliz e com muita esperança. São seis anos de tratamento e nada melhorou, estou com esperança de que ela vai voltar melhor”, comenta Daiane Tanimoto, mãe da menina.

Segundo a mulher de 29 anos, a rapidez da arrecadação surpreendeu a família, que está agradecida.

“Achei que seria rápido, mas não tão rápido assim. Pensava que talvez no final do mês conseguiríamos o dinheiro. Se não fosse pelas pessoas que participaram, não iríamos. Agradeço muito a todos que compartilham, mesmo que não doaram dinheiro. Todos que me ajudaram”, comemora a mulher.

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E Daiane também não deixou de agradecer o anjo que ganhou esse ano, chamada Catherine Martins. “Ela sempre está muito próxima, é minha tutora da campanha. Até nas redes sociais ela está me ajudando. Ganhei um anjo”, agradece.

Agora, fica a expectativa para a viagem, marcada para o final de fevereiro, e, principalmente, para o tratamento. “Ela entende, mas não muito. Ela entendeu que vamos viajar de avião, que era um sonho dela. Mas ela fez outros procedimentos e eu falava que ia melhorar, mas ela não via melhora então não sei se ela está acreditando muito”, confessa Daiane.

Matheus Urenha / A Cidade
Maria Vitória sofre com doença rara e dependia de doações para conseguir tratamento nos Estados Unidos (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)

 

Entenda o caso

Segundo explica a médica Catherine Sonaly Ferreira Martins, a candidíase mucocutânea acomete Maria Vitória desde os primeiros meses de vida associada a uma hepatite autoimune, descoberta quando a menina tinha 2 anos de idade.

Por conta do problema, Maria Vitória tem graves lesões de pele e nas mucosas causadas por fungos, além do comprometimento do funcionamento do fígado, de acordo com a médica, que é alergista e imunologista. O tratamento feito hoje no Brasil é à base de imunossupressores.

Contudo, um medicamento – o Ruxolitinib, que não é regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - usado em uma pesquisa americana do National Institute of Health (NIH) poderá controlar a autoimunidade hepática da menina.

“Estimamos que o tratamento deva durar aproximadamente seis meses e seria muito importante para estabilizar o quadro de saúde”, afirma a médica, que é a tutora da campanha Salve Mavi.

Foi a médica Catherine Martins quem apresentou o caso de Maria Vitória a um pesquisador americano do NIH durante um congresso da área de imunodeficiência ocorrido em outubro.

Hoje na USP em São Paulo, a médica lembra quando cuidou da menina no Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto. “Nós criamos um laço além do consultório”, conta, com afeto pela pequena.

Se você ainda quiser ajudar a Maria Vitória e doar para a campanha: 

Banco do Brasil
Agência: 4015-0
Conta: 26.921-2
CONTA POUPANÇA, VARIAÇÃO 51
CPF: 472.454.298-55



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