Trecho a rua São Sebastião, no Centro de Ribeirão Preto (foto: Weber Sian / A Cidade)

Com aproximadamente 1,7 quilômetros de extensão, a rua São Sebastião está localizada no coração de Ribeirão Preto e é famosa pela grande variedade de comércios e serviços e forte movimentação de pessoas.

A via, que leva o nome do padroeiro da cidade, fica próxima ao Calçadão e é passagem certa das inúmeras pessoas que passam pelo Centro. “A São Sebastião é uma ótima rua e, sem dúvida, é uma das principais do Centro”, comenta o aposentado Milton Luiz Cândido, de 78 anos.

Entre o vai e vem de gente nas calçadas da rua São Sebastião, ele permanece sempre no mesmo local - em frente a um hotel, na altura do número 500 - entregando panfletos e atento à movimentação.
“Aqui na São Sebastião tudo acontece, coisas boas e ruins”, afirma. “Aqui fiz amizades, mas também vejo muitos moradores de rua dormindo pelos quarteirões da via”, reforça.

Para Cândido, um dos pontos fortes da rua é a grande quantidade de comércio e fluxo alto de pessoas. “O movimento é bom, pois é perto do Calçadão e uma via de acesso ao bairro”, frisa.

Tanto que ele comemora as amizades que faz, todos os dias. “Por ficar sempre no mesmo lugar, a gente acaba conhecendo as pessoas que trabalham e passam por aqui. Já fiz muitos amigos.”

Degradado

Mas, segundo o aposentado, há muito que se melhorar no local. “Primeiro com relação ao respeito às vagas preferenciais. Os motoristas e motoqueiros não respeitam a sinalização e estacionam em lugar proibido”, diz. “Além da questão dos moradores de rua. É uma tristeza, pois a São Sebastião está degradada e foi abandonada pela Prefeitura”, reclama. 

Quem foi São Sebastião?

Nasceu na França, em 256. Prestou serviço militar em Milão, Itália, onde foi nomeado capitão da primeira corte da Guarda Pretoriana, isto é, do próprio Imperador. Identificado como cristão e denunciado ao Imperador Diocleciano, foi detido e forçado a abjurar sua fé. Foi destituído do cargo e entregue a um pelotão de soldados, que o despiram e o amarraram a uma árvore. Alvejaram-no com flechas e o abandonaram, julgando-o morto. Irene, mulher do mártir Cástulo, encontrou-o ainda com vida e o levou para casa, onde cuidou dele. Quando se sentiu restabelecido, voltou ao Imperador para reprovar sua atitude quanto aos cristãos e, novamente, foi condenado à morte. Faleceu a golpes de pauladas e bolas de chumbo, no ano de 303 d.C. O santo é padroeiro de Ribeirão Preto.        

*Fonte: Livro Ruas e Caminhos - Um Passeio Pela História de Ribeirão Preto, de Lílian de Oliveira Rosa e Tânia Registro.