A premiação aconteceu em Boston (EUA); os cientistas concorreram com 300 equipes
Um projeto que busca uma nova forma de tratamento de diabetes, desenvolvido por alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Araraquara ganhou medalha de ouro no “International Genetically Enginereed Machine Competition (iGEM 2017), do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT na sigla em inglês), nos Estados Unidos.
A pesquisa tem o objetivo de modificar geneticamente bactérias presentes em alimentos como queijo, verduras e legumes para que elas controlem a insulina em pessoas que têm diabetes. Além disso, os alunos querem transformar essas bactérias em um pó que possa ser diluído em água ou suco, mais fácil de ser tomado pelos pacientes do que a atual injeção de insulina.
A premiação aconteceu em Boston (EUA), em novembro. Os jovens cientistas concorreram com 300 equipes de 44 países.
“Muito orgulho receber esse prêmio internacional, ainda mais buscando tratamento alternativo para uma doença tão importante como a diabetes”, diz a aluna Mariana Biondi.
“Outra forma de ingerir esse medicamento seria por meio de um leite fermentado, por exemplo, que a gente conseguiria eliminar a necessidade de ingestão de insulina que as pessoas precisam realizar hoje em dia. Isso traria mais conforto, principalmente para crianças que precisam fazer essa injeção várias vezes ao longo do dia”, acrescenta o aluno Nathan Vinicius Ribeiro.
O experimento ainda em fase inicial, realizado apenas em laboratório e ainda não foi testando em animais ou humanos.
A Sociedade Brasileira de Diabetes considerou a pesquisa louvável, mas ressalta que ainda está na fase inicial e deve demorar ainda para chegar até os pacientes. Hoje, mais de 14 milhões de brasileiros tem diabetes.