Alunos da rede municipal de ensino de Brodowski participaram, nesta quinta-feira, da campanha Tô com Cinto, Tô Seguro, da Arteris (Foto: Júlia Fernandes/ ACidade ON)

O destino de Maria Helena Raimundo, 70 anos, era uma visita a São Carlos. Mas, antes, a meninada da Escola Municipal M.F. Tiradentes, de Brodowski, parou a rodoviária de Ribeirão Preto nesta quinta-feira (22) para um recado: já está valendo a campanha “Tô de Cinto, Tô Seguro” da Autovias, empresa da Arteris que administra 316,5 km de rodovias da região.

“Eu uso o cinto em ônibus intermunicipais para minha segurança, mas acho importante ter ações como essas – com tanta meiguice, assim, fica ainda mais fácil”, diz a aposentada.

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E não teve quem discordasse. Samuel Goulart, 10, liderou uma das abordagens, que têm como padrão a entrada de alunos de instituições parceiras do Programa de Concessões Rodoviárias de SP para distribuição de panfletos e conscientização nos veículos do terminal. Para ele, a brincadeira virou coisa séria. “A gente fala e pode evitar muitos acidentes”, afirma o pequeno.

Conscientização

Nesta quinta-feira (22), cerca de 15 ônibus participaram das ações, programadas até as 17h em Ribeirão Preto. Contudo, Rio Claro e Pirassununga também recebem a campanha pelo segundo ano consecutivo. Outras cidades da região estão no cronograma da concessionária.

A analista dos programas de educação da Autovias, Gisele Fabbri, diz que, apesar da obrigatoriedade, muitos ignoram o uso do cinto de segurança – na cidade ou nas rodovias.

“A gente sabe, através de pesquisas, que existe esse déficit; então, pensamos nos alunos para uma maior sensibilização, com carisma, porém, mensagem séria. Dessa forma, é visível que os usuários do transporte recebem o recado com um sorriso de conscientização no rosto.”

Levantamento

De acordo com levantamento feito pela Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), 66% dos usuários de viagens intermunicipais ignoram o cinto de segurança – o estudo é baseado em 174 destinos, escolhidos aleatoriamente. Dados da concessionária reforçam essa preocupação: 31% dos motoristas não exigem que os passageiros utilizem esse equipamento.