Plataformas ficaram com a cobertura entre 15 e 60 centímetros mais baixas do que o previsto (foto: Weber Sian / A Cidade)

Uma falha na execução das obras da Estação Catedral deixou três plataformas com a cobertura entre 15 e 60 centímetros mais baixas do que o previsto no projeto. A irregularidade coloca em risco a estrutura caso um veículo alto, como um caminhão, passe perto das coberturas. Esse é um dos principais motivos de os terminais, no Centro de Ribeirão Preto, ainda não estarem em funcionamento.

A irregularidade foi confirmada ontem pelo Secretário de Obras e Infraestrutura, Pedro Luiz Pegoraro. “Realmente, uma das falhas encontradas é que a cobertura da plataforma está mais baixa que o estipulado”, admitiu Pegoraro.

A Cidade apurou que hoje há uma reunião hoje (24) na Prefeitura para tratar sobre o tema. É a comissão criada pelo Executivo para analisar o contrato de concessão que dará um parecer definitivo sobre as obras da estação.

As plataformas da Estação Catedral estão parcialmente prontas há 5 meses e sem uso. De acordo com o Consórcio PróUrbano, responsável pela obra, já foram gastos R$ 3,4 milhões na Estação e o dinheiro disponível para conclusão acabou. A coluna questionou o PróUrbano sobre o motivo de a cobertura estar mais baixa no dia 17 de maio , mas até o fechamento desta edição não houve resposta.

Além do problema da altura da cobertura, em comparação com a proposta original, as plataformas não contam com paredes laterais e com as catracas de acesso aos ônibus. 

Vistoria do condephaat

De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Simões (PDT), membros do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio  Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) devem vistoriar a obra ainda esta semana e emitir um parecer. O órgão estadual acompanha a situação porque a Praça das Bandeiras, onde está localizada a Estação, é tombada. “A obra prejudicou o paisagismos da praça. o correto seria desmanchar o que foi feito”, disse.