Moradores de rua e dependentes químicos são os donos da Coração de Maria

15/01/2017 15:26:00

Eles dominam a praça, espalham medo e afastam frequentadores do local em Ribeirão Preto

Weber Sian / A Cidade
Usuários de droga e moradores de rua são os donos da Praça Coração de Maria, na Vila Tibério; clique na imagem para abrir galeria  (Foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Os moradores do entorno da praça Coração de Maria, entre as ruas Rodrigues Alves, Conselheiro Dantas, Coronel Luiz da Cunha e Martinico Prado, na Vila Tibério, zona Oeste de Ribeirão Preto, pedem socorro e intervenção urgente do poder público: moradores de rua e usuários de droga tomaram conta da praça.

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Eles praticamente moram no espaço púbico. Dormem e até cozinham ali, tirando a liberdade dos moradores do bairro de frequentarem o lugar. 

"Eles ficam pedindo dinheiro e brigam entre eles. É desagradável e, como muitos não tomam banho, o cheiro é ruim. Isso não é bom para o bairro. A gente fica com medo", afirma a recepcionista Kelly Cristina Pedroso Anúncio, 18 anos.

A praça abriga um alçapão – provavelmente relacionado à fonte de água que está desativada – que virou dormitório e depósito dos moradores de rua. Há garrafas plásticas, peças de roupas, embalagens de xampu, sapatilhas e vasilhames no compartimento.

"A gente chama de esconderijo do Bin Laden. Fica cheio de escorpião. O ambiente é terrível. Eles brigam o dia inteiro, tiram as madeiras dos bancos e batem uns nos outros. Nós, que trabalhamos aqui, sofremos. Já jogaram pedras nos carros", diz o taxista Lindomar da Silveira, 52 anos.

O taxista conta que a torneira que havia na praça precisou ser retirada para que os moradores de rua não tomassem banho no local. "Precisamos de mais policiamento. Está terrível", lamenta.

Em visita à praça na última quarta-feira (10), o A Cidade ainda constatou um tambor de ferro cortado ao meio usado pelos moradores de rua para fazer comida, além de pedaços de móveis e galhos acumulados no meio do praça.

"Eu poderia vir à praça no meu intervalo para descansar e passar o tempo, mas não faço isso. Só passo aqui, porque trabalho perto", comenta Kelly.

Na praça Amali Macarron Salim, entre as ruas Piratininga, Manoel Duarte Ortigoso, Roque Nacarato e Guilherme Schimidt, na Vila Lobato, a sensação também é de insegurança. "Minhas filhas, de 6 e 12 anos, não frequentam a praça. Acho que falta patrulhamento, principalmente à noite", expõe o administrador Rodrigo Dassie.

Para a ajudante de serviços gerais Maura Visitação Lima, 52 anos, a praça carece de cuidados. "Está um desleixo. Precisam cortar o mato com urgência." 

Weber Sian / A Cidade
Na Amali Salim, no Jardim Piratininga, moradores reclamam de insegurança e desleixo; clique na imagem para abrir galeria  (Foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Insegurança prejudica Amali Salim 

Na praça Amali Macarron Salim, entre as ruas Piratininga, Manoel Duarte Ortigoso, Roque Nacarato e Guilherme Schimidt, na Vila Lobato, a sensação também é de insegurança.

"Minhas filhas, de 6 e 12 anos, não frequentam a praça. Acho que falta patrulhamento, principalmente à noite", expõe o administrador Rodrigo Dassie.

Para a ajudante de serviços gerais Maura Visitação Lima, 52 anos, a praça carece de cuidados. "Está um desleixo. Precisam cortar o mato com urgência." 

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