Famílias ainda esperam por cestas básicas e colchões da prefeitura

14/01/2017 17:18:00

Outro problema que ainda persiste no local, desde o dia da chuva, é o esgoto que escorre a céu aberto

Weber Sian / A Cidade
Famílias aguardam ajuda da Prefeitura de Ribeirão Preto; veja mais fotos na galeria (foto: Weber Sian / A Cidade)

 

Famílias da Comunidade Vida Nova, conhecida como Favela da Aids, no Jardim Marchesi, atingidas pelo temporal da última quinta-feira reclamam que a ajuda da Prefeitura de Ribeirão Preto não chegou na mesma rapidez que foi prometida. Um outro problema que ainda persiste no local, desde o dia da chuva, é o esgoto que escorre a céu aberto.

O ACidade ON visitou ontem barracos de seis famílias que aguardavam a chegada de cestas básicas e de colchões. Segundo os moradores, é o mínimo para conseguirem sobreviver pelos próximos dias. “É o que precisamos para nos reerguermos desse rastro de destruição. Eu perdi o pouco alimento que tinha. Estou sem nada”, afirmou a desempregada Juliana Batista de Araújo, mãe de uma menina de dois dias de vida.

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Já a catadora de materiais recicláveis, Luana Procópio, afirma que está sem colchões para dormir. “Os meus colchões estão molhados e a ajuda da prefeitura não chega. Estão todos molhados”, relata. Luana conta que seu marido preciso correr na manhã deste sábado (14) para fazer um “bico” e conseguir dinheiro para comprar alimentos.

“Estamos passando por uma situação ainda mais difícil. Como choveu esses dias, não consegui sair para a rua coletar materiais recicláveis. Veio essa chuva e destruiu o pouco que eu tinha”.

Quem também diz aguardar ajuda da Prefeitura de Ribeirão é a desempregada Sueli Vieira dos Santos. Segundo ela, nenhum assistente social da administração municipal passou pelo seu barraco oferendo ajuda. “Eu também preciso de colchões e de cesta básica. Políticos passam por aqui e prometem ajuda, o que nunca chega”, diz.

O barraco de dona Sueli fica às margens do ribeirão Preto, um dos últimos da Favela da Aids. Mesmo reconhecendo os riscos de permanecer no local, Sueli se nega a ir para o Cetrem (Central de Triagem e Encaminhamento ao Migrante/Itinerante e Morador de Rua).

Prefeitura justifica

O secretário de Assistência Social, Carlos Cezar Barbosa, afirma que foram distribuídos 30 colchões e também 30 cestas básicas no mesmo dia do temporal. “Nós levamos ajuda para as famílias a partir do momento que fomos avisados dos problemas com as famílias. Recorremos, inclusive, ao Banco de Alimentos”, afirmou.

Carlos Cezar orienta as famílias irem ao Creas (Centro de Referência a Assistência Social), que fica ao lado do Horto Municipal, caso necessitam de mais ajuda.

Em relação ao problema do esgoto a céu aberto, o superintendente do Daerp (Departamento de Água e Esgoto), Afonso Duarte, informou ao ACidade ON que enviaria na tarde deste sábado (14) uma equipe ao local.
 



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