Há três dias os coletores de lixo de Matão estão em greve. Nenhum caminhão saiu da garagem e todos os bairros foram afetados, em alguns, não há coleta desde a semana passada e há muito lixo acumulado nas ruas.

Os trabalhadores reclamam da falta de férias há três anos e dizem que o salário de dezembro ainda não foi pago. Outro problema é o fundo de garantia. Segundo o Sindicato dos Condutores dos Veículos Rodoviários, o valor é descontado, mas não é depositado.

Coletores de lixo em Matão em greve

Ao todo, 109 trabalhadores aderiram ao movimento. São coletores, motoristas dos caminhões, varredores de rua, os que fazem manutenção do cemitério e os responsáveis pela roçagem dos terrenos.

Nesta quinta-feira (12) representantes dos funcionários e do sindicato foram até a prefeitura para assinar a ata de uma reunião realizada ontem. Ficou decidido que a categoria vai solicitar uma mesa redonda com o Ministério Público do Trabalho (MPT), com a prefeitura e com os empresários pra tentar uma solução. Como toda a coleta parou, o medo é que a greve seja considerada ilegal.

CONTRATO

A prefeitura informou que no mês passado repassou R$ 780 mil para empresa Limpus referente a três meses de salários.

Lixo em Matão acumula pelas ruas

O prefeito Edinardo Esquetini (PSB) vai tentar que o repasse deste mês direto para os funcionários. “A nossa preocupação é com os funcionários, de não serem lesados, de não terem prejuízos financeiros e nem do emprego”, disse.

A Prefeitura quer ainda rescindir o contrato com a Limpus o quanto antes. O objetivo é contratar outra empresa em caráter emergencial. Esse contrato temporário deve durar cerca de seis meses, enquanto isso a prefeitura abrirá uma nova licitação para contratar uma nova empresa definitivamente.

“Essa semana precisamos definir isso, só estamos esperando a documentação adequada para que a gente faça a rescisão hoje e amanhã a gente já possa fazer essa nova contratação”, disse o prefeito.