Alexsandro Ichisato será julgado pela morte de Marcos Delefrate por júri popular

25/08/2016 19:42:00

Suspeito está preso preventivamente há 3 anos e 2 meses, aguardando julgamento; advogado de defesa adiantou que não vai recorrer

F.L. Piton / A Cidade
Ichisato está preso preventivamente há 3 anos e 2 meses, aguardando o julgamento (Foto: F.L. Piton / A Cidade)

 

A Justiça de Ribeirão Preto aceitou o pedido do Ministério Público para o julgamento de Alexsandro Ichisato ser feito por júri popular. Acusado pela morte do estudante Marcos Delefrate, o suspeito está preso preventivamente há 3 anos e 2 meses, aguardando o julgamento

Ele responde por homicídio doloso duplamente qualificado - quando há a intenção de matar - e por quatro tentativas de homicídio. Se for condenado, Ichisato pode pegar mais de cinquenta anos de cadeia.

A defesa de Ichisato já entrou com 6 pedidos de habeas corpus e todos foram negados. O advogado Wagner Simões adiantou que não vai recorrer da decisão.

Entenda o caso

20 de junho de 2013
25 mil pessoas vão às ruas em Ribeirão para pedir a redução dos preços das passagens de ônibus. Após quase três horas de protesto, que seguia tranquilo, Alexsandro Ichisato de Azevedo tentou passar com seu carro no meio dos manifestantes, que protestavam no cruzamento da avenida João Fiúsa com avenida Adolfo Bianco Molina. Ao ser impedido, o suspeito teria dado ré e acelerado o carro, quando atropelou 13 pessoas, incluindo Marco Delefrate, de 18 anos. O jovem morreu na hora e o motorista foi levado à delegacia para prestar depoimento.

21 de junho de 2013
A Polícia Civil de Ribeirão Preto pediu a prisão do homem acusado de atropelar Delefrate.

18 de julho de 2013
O suspeito é preso após ficar foragido por 28 dias.

1º e 2 de julho de 2015
Primeira audiência de Alexsandro Ichisato. A juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra ouviu o depoimento de 29 testemunhas de acusação e outras cinco de defesa apontadas no processo. O empresário foi denunciado pelo Ministério Público e responde pelos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado e por quatro tentativas de homicídio, também duplamente qualificadas. O advogado Wagner Severino Simões afirma que a morte de Delefrate foi provocada pelas massagens cardíacas realizadas pelos manifestantes.

5 de maio de 2016
Realizada a oitiva de mais uma testemunha de acusação e interrogatório do réu Alexsandro Ichisato de Azevedo.



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