Dona Almerinda Martins achou simples e rápido o teste de hepatite na Praça XV (foto: Weber Sian / A Cidade)

Nos últimos cinco anos, a Saúde de Ribeirão Preto notificou 774 novos casos de Hepatite C e 466 do tipo B na cidade. Do total de infectados, 82% têm idade acima de 40 anos.

A causa do grande número de novos diagnósticos, segundo Lis Neves, coordenadora do Programa DST/AIDS e Hepatites Virais, é a manifestação silenciosa do vírus, além dos recursos e testes ainda recentes. “Nós estamos estimulando as pessoas ao teste, principalmente os pertencentes aos grupos de riscos, como a população acima de 40 anos e LGBT”, afirma.

Ontem, no Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, a Saúde promoveu atividades de prevenção e orientação da doença, no Centro da cidade. Também foram realizados testes para detecção da doença em um ônibus do programa Doutor Móvel, na Praça XV. O foco principal é promover a educação preventiva – as unidades de saúde e CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) promoverão ações de incentivo à testagem e vacinação durante toda a semana.

Facilidade

A aposentada Almerinda Martins de Oliveira, de 72 anos, diz se surpreender com a facilidade. “É rápido e não dói nada.” Assim como Valdomiro Shikitani, de 61 anos. Ele também aproveitou a oportunidade para cuidar um pouco mais da saúde.

“Nunca tinha feito o teste, e acho muito importante ações como essas. Na verdade, deveriam ser feitas para mais tipos de doença, porque o ideal é que a população tenha mais acesso a prevenção do que tratamentos, assim como nos países da Europa. Aqui se paga muito e se tem pouco”, diz. (Colaboração Julia Fernandes)