Briga entre vizinhos por causa de cachorra vai parar na delegacia

24/05/2015 18:30:00

Idoso diz que vizinho chutou a cadela sem motivo; vizinho alega ter sido mordido

Roberto Galhardo / Especial
Segundo o idoso Wilson Correia Viana, 65 anos, o vizinho não tinha motivo para chutar a cadela (Foto: Roberto Galhardo / Especial)

Uma discussão entre moradores do bairro Paulo Gomes Romeo, zona Oeste de Ribeirão Preto, foi parar na delegacia na manhã deste domingo (24).

O idoso Wilson Correia Viana, de 65 anos, diz ter sido agredido pelo vizinho por causa de sua cadela, Lilica, da raça Pinscher. O vizinho, Alessandro Mota, de 42 anos, nega a agressão.

Wilson conta que, todos os dias, levanta cedo e limpa a porta de sua casa. Enquanto varre a calçada, ele deixa a cachorra passear pela rua.

Hoje não foi diferente. Wilson relata que abriu o portão e Lilica saiu para dar uma volta. Ao ver o vizinho, a cadelinha teria ido de encontro ao homem para brincar com ele.

Irritado com a cachorra, o vizinho teria chutado Lilica, deixando o idoso furioso. “Eu falei ‘você não pode fazer isso com a cachorra’ e ele respondeu ‘quem você pensa que é para falar assim comigo?’”, narra Wilson.

Em seguida, o vizinho teria partido para cima do idoso e tentado lhe enforcar. Durante a briga, Wilson alega ter caído no chão e machucado o pé. Ele se dirigiu ao plantão policial e registrou um boletim de ocorrência.

Segundo o idoso, o vizinho não tinha motivo para chutar a cadela. “Ela é pequena e não morde. Vive dentro de casa e é vacinada, é como uma filha para mim. Acho que ele estava querendo arrumar um motivo para brigar”, comenta.

Roberto Galhardo / Especial
Alessandro Mota, 42 anos, assegura que a cadela entrou em sua garagem e mordeu seu tornozelo (Foto: Roberto Galhardo / Especial)

Outro lado

Alessandro contesta a versão do idoso. Ele assegura que a cadela entrou em sua garagem e mordeu seu tornozelo. “Ela avançou e eu, por impulso, empurrei a cachorra”, destaca.

Alessandro afirma que Wilson o ofendeu e que, em razão dos xingamentos, ele ameaçou dar um tapa no idoso. “Só fiz menção. Ele se assustou, tropeçou e machucou o dedo do pé”, argumenta.

Os vizinhos já haviam se desentendido antes devido a uma infiltração no muro que divide as duas casas. “Na ocasião, ele me desacatou e eu fiquei quieto. Mas ele tem um histórico na rua, já arrumou encrenca com outros vizinhos”, observa Alessandro.



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