Policiais que estão nas ruas recebem as ocorrências de uma central em Ribeirão Preto

Os representantes das câmaras de vereadores de Araraquara, São Carlos e Franca devem pedir, durante uma reunião na próxima semana com o secretário de segurança pública do Estado, Fernando Grella, a ‘repatriação’ do atendimento de emergência da Polícia Militar (PM). Isso porque, desde o ano passado, os mais de 7 mil chamados diários são encaminhados para uma única central do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), em Ribeirão Preto.

Além de Araraquara, outros 35 municípios fazem parte desse montante, o que tem causado demora e confusão no atendimento a vítima que pede o envio de uma viatura na cidade.

Em fevereiro deste ano, uma loja de roupas no Centro de Araraquara foi furtada por um grupo de jovens. A proprietária acionou a polícia, mas se queixou do tempo que o atendente precisou para entender a direção para onde os ladrões haviam fugido.

“É muito complicado, pois eles estão em uma cidade longe e não conhecem Araraquara. Explicar um local usando como referência a praça Pedro de Toledo, por exemplo, se torna difícil. Não é sempre que a gente tem o endereço certo, ainda mais na hora do nervosismo”, disse.

Outro lado
Em nota, a Polícia Militar (PM) explica que os atendentes que fazem o ‘despacho’ das ocorrências são distribuídos de forma aleatória e as ligações são recebidas pelos atendentes que estiverem disponíveis e não existe uma separação por região ou setor.

A PM ainda informa seguir padrões operacionais e que todas as ligações são monitoradas e gravadas. A nota não respondeu ao questionamento sobre a possibilidade da descentralização do atendimento.