Saúde de Ribeirão registra dez mortes por gripe em 3 meses

17/07/2018 17:17:00

Cinco pacientes foram diagnosticado com H1N1 e outros cinco com H3N2; na cidade foram confirmados ainda 65 casos de Influenza, sendo 34 de H1N1 e 20 de H3N2

Foto ilustrativa (Foto: Weber Sian / A Cidade)


Dez pessoas morreram de gripe nos últimos três meses em Ribeirão Preto. Segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica, uma morte por Influenza foi registrada em abril, 6 em maio e 3 em junho.   

Das dez vítimas, quatro tinham entre 40 e 50 anos e seis eram idosas. Oito dos dez pacientes tinham algum tipo de doença crônica, portanto, tinham a indicação de ter tomado a vacina.
 
Segundo Daniel Cardoso de Almeida e Araújo, chefe da Vigilância Epidemiológica, das dez mortes, cinco foram de H1N1 e as outras cinco por H3N2 - outro vírus comum na época e que tem o mesmo potencial de gravidade.

"Doenças pulmonares, cardíacas, neurológicas, diabetes ou outras doenças que diminuem a imunidade. Todas essas pessoas deveriam ter sido vacinadas, mas apenas uma delas temos a informação que tomou a vacina", afirma.

Daniel explica que a vacina protege de uma forma bem mais consistente, principalmente para evitar casos graves e óbitos. "A H1N1 e a H3N2 estão na vacina, então para esses subtipos que mais circulam e que estão mais associados com óbito, eles protegem de uma forma bem mais consistente, principalmente para evitar casos mais graves e óbito. A pessoa até pode ter gripe, mas ela vai ter uma gripe não grave".

Casos suspeitos

Segundo o boletim, até 30 de junho foram 217 casos suspeitos de Influenza notificados à Divisão de Vigilância Epidemiológica. Desses, 65 estão confirmados, 66 (incluindo três óbitos) ainda estão sendo investigados e os outros 86 não estavam infectados. Apesar do número de casos suspeitos em todo o ano de 2017, 246, ter sido maior, o número de confirmações, 41, foi menor.  

Dos casos suspeitos de 2018, 34 (15,6%) foram confirmados como H1N1 - todos nos últimos três meses. Em abril foram quatro confirmações, com os meses seguintes tendo outros 12 e 18 infecções. Em 2017, Ribeirão Preto não registrou casos da doença. Já 20 pacientes (9,2%) tiveram a gripe H3N2, com casos confirmados de março a junho, com 1, 4, 6 e 9 confirmações respectivamente. Em 2017, 23 pacientes estavam infectados.   

Daniel explica que a única certeza sobre a Influenza é que ela é imprevisível. "E até por isso que tem tanto risco de pandemias, daquelas mutações mais importantes que podem acontecer. No futuro a gente sabe que vai acontecer, não sabe quando nem que tipo de vírus vai ser, então tem que sempre estar preparado".



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