Umidade relativa do ar está abaixo do considerado pela OMS; com isso, doenças infecciosas e alérgicas se tornam as vilãs da estação
Há exatos 50 dias sem chuvas significativas em Ribeirão Preto, as doenças respiratórias, como rinite, sinusite e asma têm castigado os moradores do município. E mais: não há previsão de melhora até o final de julho.
De acordo com Maria Clara Sassaki, meteorologista da Somar, o tempo deve continuar seco, com baixas temperaturas pela manhã e noite, e estáveis durante a tarde. A umidade relativa do ar, que chegou a 23% nesta segunda-feira (16), já é considerada alarmante pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A escala psicrométrica da entidade computa porcentagens entre 21 e 30 como estado de atenção nacional. "É bastante crítico, porque também temos de levar em consideração o alto nível de queimadas na região. Isso acaba piorando a condição", afirma.
A especialista explica, ainda, que a média anual de chuvas registrada neste mês é de 16.9 milímetros, mas o resultado continua negativo. A última pancada ocorreu em 20 de maio.
Por isso, são tempos de cuidados redobrados. O ideal, segundo o pneumologista e endoscopista respiratório Luis Renato Alves, é evitar lugares com grande aglomeração de pessoas e, principalmente, tomar bastante água.
"Umidificar o ambiente também é uma boa dica para crianças e adultos. Lavar bem as mãos e procurar se hidratar para prevenir doenças infecciosas, como gripes e resfriados, e alérgicas, como faringite. Pneumonia é a mais grave delas".
Apesar de serem mais comuns no inverno, a prevenção deve ser levada em conta em todas as estações do ano. "O tempo seco facilita a transmissão do vírus. Jovens são mais sucessíveis a contaminação, mas todos estão expostos. É importante procurar um médico", finaliza.
Postos de saúde
ACidade ON solicitou à Secretaria de Saúde informação sobre o número de atendimentos prestados a pacientes com doenças respiratórias e o número de pacientes que passaram por inalação nos postos da cidade, mas a pasta não informou.
Segundo a assessoria, a pasta não faz o controle do número de inalações realizadas nas unidades. Sobre o número de pacientes com doenças respiratórias, os dados devem ser divulgados nesta terça-feira (17) porque dependeria de um levantamento.
A reportagem acompanha o caso.