Há 50 dias sem chuva, Ribeirão Preto entra em estado de atenção nacional

16/07/2018 17:24:00

Umidade relativa do ar está abaixo do considerado pela OMS; com isso, doenças infecciosas e alérgicas se tornam as vilãs da estação

Calor e umidade do ar baixa podem ser prejudiciais à saúde (Foto: Divulgação)
 

Há exatos 50 dias sem chuvas significativas em Ribeirão Preto, as doenças respiratórias, como rinite, sinusite e asma têm castigado os moradores do município. E mais: não há previsão de melhora até o final de julho.  

De acordo com Maria Clara Sassaki, meteorologista da Somar, o tempo deve continuar seco, com baixas temperaturas pela manhã e noite, e estáveis durante a tarde. A umidade relativa do ar, que chegou a 23% nesta segunda-feira (16), já é considerada alarmante pela OMS (Organização Mundial de Saúde).  

A escala psicrométrica da entidade computa porcentagens entre 21 e 30 como estado de atenção nacional. "É bastante crítico, porque também temos de levar em consideração o alto nível de queimadas na região. Isso acaba piorando a condição", afirma. 

A especialista explica, ainda, que a média anual de chuvas registrada neste mês é de 16.9 milímetros, mas o resultado continua negativo. A última pancada ocorreu em 20 de maio.  

Por isso, são tempos de cuidados redobrados. O ideal, segundo o pneumologista e endoscopista respiratório Luis Renato Alves, é evitar lugares com grande aglomeração de pessoas e, principalmente, tomar bastante água.  

"Umidificar o ambiente também é uma boa dica para crianças e adultos. Lavar bem as mãos e procurar se hidratar para prevenir doenças infecciosas, como gripes e resfriados, e alérgicas, como faringite. Pneumonia é a mais grave delas".  

Apesar de serem mais comuns no inverno, a prevenção deve ser levada em conta em todas as estações do ano. "O tempo seco facilita a transmissão do vírus. Jovens são mais sucessíveis a contaminação, mas todos estão expostos. É importante procurar um médico", finaliza.  

Postos de saúde  

ACidade ON solicitou à Secretaria de Saúde informação sobre o número de atendimentos prestados a pacientes com doenças respiratórias e o número de pacientes que passaram por inalação nos postos da cidade, mas a pasta não informou.   

Segundo a assessoria, a pasta não faz o controle do número de inalações realizadas nas unidades. Sobre o número de pacientes com doenças respiratórias, os dados devem ser divulgados nesta terça-feira (17) porque dependeria de um levantamento. 

A reportagem acompanha o caso. 



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