Greve continua e postos de Ribeirão têm filas de até quatro quarteirões

26/05/2018 12:03:00

Nenhum veículo de serviços de saúde e segurança apareceu para abastecer no terminal do Simioni na manhã deste sábado (26)

Posto de gasolina da zona norte segue sem etanol e sem gasolina
 

Apesar da ameaça do governo federal de usar forças de segurança para desobstruir estradas e da determinação do governo de São Paulo para que a Polícia Rodoviária multe todos os veículos que impeçam a livre circulação, a greve de caminhoneiros continua em Ribeirão Preto neste sábado (26) e os poucos postos ainda com combustíveis registraram filas veículos de até quatro quarteirões. 

No Terminal de Petróleo do bairro Simioni, na zona Norte de Ribeirão Preto, caminhoneiros autônomos reuniram-se por volta das 11h deste sábado para decidir sobre o destino do movimento. A grande maioria votou por manter a paralisação de protesto contra os aumentos nos preços do diesel e das tarifas de pedágio e por liberar o abastecimentos apenas para veículos de saúde e segurança.  

No entanto, nenhum veículo com este fim foi abastecido até aquela hora da manhã. "Não estamos impedindo ninguém. Está acontecendo isso porque os trabalhadores estão mobilizados e não trazem os veículos", disse à reportagem Jean Aparício, representante dos caminhoneiros autônomos que realizam bloqueio do terminal.  Ontem de manhã eram cerca de 100.

Unidades da Polícia Militar estavam no local, mas não tomaram nenhuma iniciativa contra o movimento.  

O terminal é um centro de distribuição regional, que estoca o combustível que chega das usinas e distribui para os postos de Ribeirão e outras cidades do entorno, como Bebedouro, Jaboticabal, Sertãozinho e São Carlos.   

Postos 

De acordo com Renê Abade, da Brazcombustíveis, até o meio-dia do sábado (26), apenas oito postos de Ribeirão Preto ainda tinham combustíveis, a maioria, porém, só etanol e todos tiveram filas, alguns de até quatro quarteirões.   

Uma funcionária do Posto Rede Sol, localizado na avenida Itatiaia, bairro Jardim Sumaré, zona Sul da cidade, disse que havia apenas etanol disponível para os motoristas. "A pista está lotada", disse. "O pessoal pede para completar os tanques dos carros e não temos atendido nem o telefone", afirmou.  

Em outro posto da avenida Treze de Maio, a fila era de quatro quarteirões por volta do meio-dia.

Fernando Beordo, consultor de crédito de 35 anos, teve que deixar o carro na garagem para economizar combustível. "A coisa está feia. Isso atrapalha a rotina de todo mundo", disse. "Estou muito preocupado porque segunda-feira nós trabalhamos. Eu sou acostumado a ir de carro, e o meu trabalho é longe e não da pra ir a pé".  

A Polícia Rodoviária de Ribeirão Preto não tem informações sobre multas e bloqueios na região até o momento.



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