Caminhoneiros seguem mobilizados no Terminal de Petróleo em Ribeirão Preto

25/05/2018 11:01:00

Presidente reginal do Sindicam diz que categoria não vai ceder; na rodovia Abrão Assed motoristas parados no acostamento

 

Caminhoneiros seguem mobilizados no Terminal de Petróleo de Ribeirão Preto (Fotos: Weber Sian / A Cidade)

  


Caminhoneiros autônomos seguem mobilizados nesta sexta-feira (25) em frente ao Terminal de Petróleo no bairro Simioni, zona Norte. Segundo a categoria, o acordo feito nesta quinta-feira (24) entre governo e entidades é insuficiente para pôr fim à mobilização da categoria. 

Cerca de 100 caminhoneiros autônomos seguem em protesto na manhã desta sexta (25). "Não vamos ceder", destacou José Venerozo Júnior, presidente regional do Sindicam (Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas).  

A categoria reivindica diminuição no valor do diesel e suspensão de pagamento de pedágio por eixo erguido. "Daqui a 15 dias entidades e governo voltarão a conversar, isso não resolve", pontuou Lucélia Pelegrini, assessora jurídica do sindicato.  

Em cerca de uma hora em que a reportagem esteve no Terminal de Petróleo na manhã desta sexta-feira (25) não houve nenhuma movimentação de veículos entrando ou saindo com foco na distribuição de combustível.  

Resistência 

Integrantes do movimento dos caminhoneiros autônomos em Ribeirão Preto rejeitaram o acordo feito ontem à noite em Brasília, entre representantes do governo e de diversas entidades da categoria. Com isso, eles anteciparam na noite de ontem que a greve em Ribeirão Preto e região continuaria nesta sexta-feira.  

"Não teve acordo, não tem nada liberado. Nós vamos continuar firmes e fortes por tempo indeterminado", afirmou um dos representantes do movimento na cidade, Odair Sidney Costa, afirmou na noite desta qunta-feira (24).  

Se a greve permanecer, o Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) prevê uma sexta-feira sem combustíveis, o que pode paralisar serviços essenciais na cidade.  

Nesta quinta-feira, govverno e representantes de 9 das 11 associações nacionais de caminhoneiros firmaram um acordo que prevê a suspensão por 15 dias, a partir de hoje, do movimento que parou as principais rodovias do País.

"Transporte público, coleta de lixo e abastecimento de alimentos, tudo será prejudicado, já que 70% do transporte nacional é feito sobre rodas", afirmou ontem o presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia.

Segundo ele, o estoque de combustível dura, em média, de dois a três dias. "Como nenhum posto recebe combustível desde terça-feira (22), a tendência é que os estoques devam começar a zerar ainda hoje [quinta-feira (24)]", explica. "Nesta sexta-feira dificilmente terá combustível nos postos e não há o que se fazer", completa.






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