Casal de corujas vira atração na Rodoviária de Ribeirão Preto

12/05/2018 12:10:00

Aves atraem atenção de passageiros e moradores vizinhos; advogado se diz encantado com o canto da coruja


 

Corujas acampam no Terminal Rodoviário (Foto: João Batista do Nascimento)
 

Há 15 dias, um casal de corujas virou atração para usuários e vizinhos do Terminal Rodoviário de Ribeirão Preto. 

O advogado João Batista do Nascimento, de 60 anos, mora em frente à estação e todos os dias assiste as idas e vindas de pessoas que chegam e partem em direção aos seus destinos.  Mas o que ele não esperava, é ver um casal um pouco diferente e fora do padrão na rodoviária: duas corujas.   

As corujas-buraqueiras, estariam vivendo há pelo menos quinze dias no terminal. As aves teriam feito um ninho no barranco do pátio interno da rodoviária, onde passam parte do dia.  Mas também dão os seus passeios e observam a vizinhança e a paisagem do cume de um poste de luz.   

 
Confira a galeria: 
 

O canto da coruja  

João escuta o canto das corujas todos os dias. Seja de noite ou de dia. Principalmente no período da manhã, ao nascer do sol, entre 6h e 6h30. Ele já mostrou as fotos dos animais a todo mundo que conhece, e deixou todos surpresos.   

"Eu fico muito feliz, porque a coruja é um ser da paz, da beleza e realeza. Faz bem para a alma e para o espirito", afirmou. Os animais estão em um local de grande movimentação, mas só teriam um inimigo: o homem. Para ele, as corujas, que observam a tudo e a todos, só deixarão a rodoviária, caso alguém arranque as aves do terminal. "De vez em quando passa um cachorro e as corujas ficam meio ariscas, porque acham que os cachorros vão atacar o ninho delas".  

Superstição  

Você já deve ter ouvido alguém dizer que toda vez que uma coruja cantar, é prenuncio de morte. Mas essa superstição, para João,  é papo furado e maldoso. "Sempre ouço as pessoas dizerem isso, mas para mim, quem faz mal para o ser humano é o próprio ser humano. Os animais, ao contrário do que dizem, protegem as pessoas. Os animais são vida." 

(Germano Neto com supervisão de Rita Magalhães)



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