Com mais de 6 mil casos de dengue, Araraquara cria esquema de emergência

04/05/2015 18:35:00

Tratamento específico será realizado no Hospital da Cana; UPA Central contrata mais médicos

Com mais de 6 mil casos de dengue e três mortes por suspeita da doença em Araraquara, a Prefeitura criou um esquema de emergência no combate à doença, tanto na prevenção quanto no tratamento. A principal ação será realizar o atendimento para quem está com dengue no Hospital da Cana, no Jardim Higienópolis, próximo à CPFL.

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Marcos Leandro/Tribuna Araraquara
Segundo o secretário de saúde, Carlos Fernando Camargo, mudança no local de atendimento deve acontecer em breve (Marcos Leandro/Tribuna Araraquara)

Segundo o secretário de saúde, o doutor Carlos Fernando Camargo, o tratamento contra dengue exige a monitorização hematológica [sequência de exames para medir as plaquetas] e hidratação. “A Unimed nos cedeu uma ala de enfermagem que estava desativada no Hospital da Cana. Lá, vamos poder fazer esses exames e oferecer hidratação via oral e intravenosa”, explica.

Ainda não dá data prevista para o início das atividades, mas deve ser em breve. “Precisamos de uma equipe grande, de recepcionista à equipe de limpeza. Vamos remanejar alguns médicos dos postos de saúde e também entramos em contato com a Uniara e a Unip, que oferecem curso de enfermagem e técnico de enfermagem. Nesse momento, toda ajuda é bem-vinda”, diz.

Os laboratórios de análise clínica também vão precisar agilizar os resultados, para que o atendimento no Hospital da Cana possa ser mais rápido. “Hoje, atendemos cerca de 200 pessoas com suspeita de dengue diariamente no SUS. Dando atendimento em outro lugar, desafoga a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e outros prontos-socorros”, avalia.

A primeira consulta continua sendo nos postos de saúde ou na UPA, já que o atendimento no Hospital da Cana será somente para pacientes com indicações dos médicos. “Depois de passar uma primeira vez no posto ou na UPA, a pessoa passar a ser tratada no local específico. Fazemos isso porque somente depois do primeiro contato é possível diagnosticar a dengue”, conta.

Prevenção
Na prevenção, as ações também serão intensificadas. Segundo o coordenador-executivo de Vigilância em Saúde, Feiz Mattar, a maneira de combate não tem mudança, mas a intensidade aumenta. “Agimos de acordo com aquilo que é indicado pelo Ministério da Saúde. Vamos fazer mais arrastões e bloqueios, mas é preciso a colaboração da população também, eliminando focos de larvas”, afirma.

Veja a cobertura completa sobre a dengue na edição da Tribuna desta terça-feira. 



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