Samuel Santos, o coringa do Fogão

28/06/2016 15:27:00

Lateral, meia, atacante e camisa 10... jogador marcou golaço que garantiu o empate diante do Juventude

Renato Lopes / Especial
Samuel Santos marcouo seu terceiro gol nestaSérie C do Brasileiro (Foto: Renato Lopes / Especial)

 

O resultado era péssimo. O jogo, em casa. A arbitragem estava confusa. Muita reclamação, nervos à flor da pele. Um jogador expulso de cada lado. Gols perdidos, pressão, torcida apoiando. Mas o relógio apontava o crepúsculo. Cada minuto a menos indicava a primeira derrota no Santa Cruz. Hora perfeita para alguém aparecer e fazer a diferença. E que tal um camisa 10? Um camisa 10 que assumiu o místico número da camisa recentemente. É lateral-direito de origem, joga como volante, meia e é o atual terceiro atacante no esquema tático montado pelo técnico Márcio Fernandes no Botafogo. Coringa, polivalente, Samuel Santos chamou a responsabilidade.

Aos 42 minutos do jogo contra o Juventude, recebeu bola na entrada da área. Limpou a marcação dos zagueiros adversários e, sem medo da carga da camisa, mandou um lindo chute de esquerda - sua perna “ruim”. Golaço. “No momento do gol, dominei com a direita e pensei em dominar e já bater. Mas vi o Anderson Marques [zagueiro do Juventude] vindo. Tentei cortar, deu certo, e pude bater tirando do goleiro. Isso é fruto de muito treinamento com o professor Márcio, que cobra muito da gente o raciocínio rápido durante as jogadas”, celebrou Samuel, autor do tento de empate por 1 a 1, no último domingo (26), pela sexta rodada da Série C do Brasileiro.

O jogador, embora faça questão de salientar a origem na lateral, confessa estar vivendo um sonho. “O pessoal sempre brinca e diz ‘poxa, um lateral com a 10?’. É quase impossível um lateral usar a 10. Antes do jogo com a Ferroviária [no Paulistão] ele perguntou como eu me sentiria se usasse a camisa 10. E eu disse a ele que estaria realizando meu sonho”, relembrou.

Samuel Santos avisa que 'luta não vai faltar'

Samuel Santos não credita apenas à mística o fato de assumir o compromisso de contribuir com avidez à sua equipe. “Quanto à responsabilidade, isso é do meu perfil. Eu luto bastante dentro do campo e não me escondo. E quanto mais a gente se destaca, mais fácil para todo o time. E estou em um clube que eu aprendia a respeitar e amar. Por isso que procuro entrar em campo como se todo jogo fosse o último. Quero fazer história no Botafogo”, comentou.



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