Meia Da Bahia integrou elenco do time que disputava a primeira divisão do Campeonato Paulista (Foto: Matheus Urenha / A Cidade)

Marco Antônio Baptista, o Da Bahia, foi revelado pelo Botafogo no início dos anos 80 ao lado de nomes como Marco Antônio Boiadeiro e Raí. Era o típico meia armador, responsável por organizar o meio-campo. Tinha como característica o chute forte de perna esquerda. Quando era júnior do Tricolor, foi alçado ao time profissional pelo técnico José Galli Neto.

Em 1997, após uma rápida passagem pelo Batatais, se transferiu para a LDU, primeiro time equatoriano a ganhar a Libertadores, a Copa Sul-Americana, e duas vezes a Recopa Sul-Americana. Lá, foi campeão equatoriano em 1998 e acompanhou de perto toda a evolução do futebol daquele país.

“Foi uma ótima experiência, pena que não conseguimos renovar contrato. Houve uma mudança de diretoria e tive que deixar o time”, relembrou Da Bahia.

Em sua passagem pela LDU, o ex-jogador do Botafogo fez seis gols. Da Bahia esteve em campo na partida que marcou a inauguração do estádio Casa Blanca. Em 6 de março de 1997, a LDU venceu o amistoso contra o Atlético-MG por 3 a 1. O Galo tinha como principais destaques os tetracampeões Taffarel e Márcio Santos. Após deixar os gramados, Da Bahia formou-se em educação física. Sua primeira experiência como técnico foi na equipe sub-20 do Botafogo, onde permaneceu de 2006 a 2008.

Após a demissão de Karmino Colombini, ele chegou a dirigir o time profissional em quatro partidas da Copa Paulista de 2008. Em 2010, salvou o Batatais do rebaixamento para a Segunda Divisão do Paulista.

Porém decidiu retomar o trabalho de formação de atletas. “Em termos financeiros, graças a Deus estou estabilizado. Pra quem começa, o salário de técnico não é grande coisa”, declarou o ex-jogador.

Técnico encaminha atletas

Dez anos depois de pendurar as chuteiras, Da Bahia se dedica à revelação de novos talentos. Atualmente o ex-jogador trabalha na escolinha de futebol do Magic Gardens, com garotos de 9 a 14 anos.
Aos 48 anos, o treinador tem sido responsável por encaminhar jogadores a diversos clubes do Brasil. Os casos mais recentes são do goleiro Marcos Vinícius e do meia Vinícius Oliveira, ambos de 14 anos, que estão atuando por Palmeiras e Grêmio, respectivamente.

“Nós disputamos alguns torneios fora de Ribeirão [pelo Magic Gardens], os empresários nos procuram, os times grandes mandam observadores. Cada jogador que é negociado nós temos um percentual numa futura venda. Temos um bom relacionamento e as coisas vão fluindo naturalmente”, contou Da Bahia.