Sertãozinho e Botafogo estão no Grupo 3 do Paulista Sub-17 (foto: Rogério Moroti / Agência Botafogo)

Alvo de investigação do Ministério do Trabalho por terceirizar as categorias sub-15 e sub-17, o Sertãozinho acatou a determinação da 4ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, que obriga o clube celebrar contratos formais com jovens atletas, para que estes recebam assistência médica, seguro de vida, dentre outros benefícios, nos termos da lei Pelé.

De acordo com os procuradores Rafael Dias Marques e Regina Duarte da Silva, o clube deixou as categorias de base nas mãos do empresário José Pedro Barbosa Santos (Pedrinho), que trabalhava com garotos, sem qualquer vínculo com o Touro dos Canaviais. O presidente do Sertãozinho, Toninho Savegnago nega que o clube tenha terceirizado suas categorias de base e determinou que os treinamentos sejam realizados no estádio Frederico Dalmaso. Até então, os garotos das equipes sub-15 e sub-17 vinham treinando em Ribeirão Preto.

“O Pedrinho gerencia a base para gente, ele fazia os treinamentos também em Ribeirão Preto, mas a base nunca saiu daqui [do comando do clube], não tinha nada que mudar”, disse Savegnago. Ao contrário do que afirmou o presidente do Sertãozinho, os depoimentos mostram que os gestores do clube não sabem sequer os horários dos treinos, se há ajuda de custo ou se os atletas são alojados. O diretor do departamento jurídico, Roberto Boin, negou as denúncias feitas pelo Ministério Público do Trabalho. “Não terceirizamos nossas categorias de base”, garantiu.