Mancini trabalhou na reconstrução do time da Chapecoense (Foto: Mastrangelo Reino / A Cidade)

Ao lado do auxiliar Régis Angeli e do preparador de goleiros Marcelo Schroeder, o técnico Vagner Mancini deixou Ribeirão Preto no início do ano para assumir o maior desafio de sua carreira: comandar a reconstrução da Chapecoense, que estava abalada após a tragédia na Colômbia que vitimou 71 pessoas no voo que levava o time para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Quatro meses depois, o trabalho da comissão técnica ribeirão-pretana foi coroado com o título catarinense - no domingo, sobre o Avaí, na Arena Condá.

“É inédito no mundo reconstruir um time e conquistar um título apenas quatro meses depois”, disse o campeão Mancini.

Aos 50 anos, o treinador também classificou a façanha como a mais importante em sua carreira - a sua última conquista havia sido pelo Vitória, no ano passado, quando levou o clube ao título baiano.

“Aprendi muitas coisas na Chapecoense. Aprendi o valor da vida, aprendi o valor de você vir diariamente aqui e colocar tijolo em cima de tijolo para que a reconstrução da equipe seja feita”, declarou.

Marcelo Schoeder fez questão de dividir o título com toda a população catarinense. “O mais importante foi a sensação de poder ajudar a população de Chapecó a voltar a sorrir.”

A comissão ribeirão-pretana desembarcou ontem em Medellín, onde a Chapecoense fará a segunda partida da final da Recopa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. “Queremos muito esse título inédito, seria uma forma de amenizar ainda mais a dor [da torcida], mesmo sabendo que essa cicatriz jamais será curada”, declarou Regis Angeli, auxiliar de Mancini.