Shirlei Seabra e Marli Massonetto pedem uma vitória de presente parao time comercialino (foto: Milena Aurea / A Cidade)

A atendente Shirlei Seabra, de 51 anos, e a empresária Marli Massonetto, de 50, provam que são fortes, independentes, e levantam a bandeira pela igualdade de gêneros. E entre elas há uma paixão em comum: o Comercial Futebol Clube.

Em pleno Dia Internacional da Mulher, o Leão do Norte entra em campo tendo a chance de presentear suas torcedoras com uma vitória sobre o Nacional, às 15h, no estádio Nicolau Alayon, em São Paulo, pela nona rodada da Série A3 do Paulista.

Mais do que nunca, os jogadores do Alvinegro terão de fazer o seu papel. “Peço que eles tragam uma vitória para a gente”, pediu Marli. “A vitória do Comercial seria o meu maior presente”, completou Shirlei.
Ao arriscar o seu palpite para a partida na Capital, Marli avisou que a conquista dos três pontos é o que importa. “Se ganhar de meio a zero está bom.”

Com grande assiduidade nos estádios, essas torcedoras estão longe de serem minorias. Elas elegeram o futebol como a primeira paixão - à frente das novelas, por exemplo. “Entre a novela e o futebol, vejo o jogo”, garantiu Shirlei. As torcedoras, no entanto, ainda precisam conviver com preconceitos.

Mesmo sem nunca ter passado por situações embaraçosas no estádio, Marli conta que as mulheres são vítimas de olhares “tortos”. “Aos poucos estamos conseguindo vencer essa batalha”. Mulheres que não fogem da luta, elas seguem com o Comercial independente da divisão.