Picoli prega respeito entre equipe e diz que quem não concordar está fora

27/09/2016 11:11:00

Após vetar artilheiro antes de jogo, treinador diz que quem não tiver conduta adequada vai sair do time

Deivide Leme
Técnico comanda treino hoje, a partir das 15h, na Arena; equipe recebe o Bragantino, amanhã, às 20h, em Araraquara


Momentos antes da estreia da Ferroviária na segunda fase da Copa Paulista, sábado, em Catanduva, uma surpresa. O atacante Wellington, artilheiro da competição com sete gols, apareceu na lista dos atletas que integrariam o banco de reservas.

Em campo, um gol aos 46 minutos do segundo tempo decretou a derrota grená para o Grêmio Catanduvense, por 2 a 1, colocando fim a uma invencibilidade de 12 jogos. Wellington entrou na segunda etapa e depois da partida teve de ouvir duras críticas do técnico Antônio Picoli.

“A Ferroviária tem regras e é preciso ter respeito. Se não estiver dentro da conduta, o atleta não vai participar. Esse é o recado que eles precisam entender. Os meninos têm oportunidade, mas têm regras e eles precisam cumprir”, declarou, em entrevista à Rádio Cultura AM de Araraquara.

A entrevista seguiu e o treinador deixou claro que não há qualquer tipo de diferença dentro do grupo. “O Wellington é um atleta que tem potencial, entendeu, assumiu e é importante. Mas não é mais importante do que ninguém. É importante na mesma dosagem que os outros. É isso que eles precisam entender. A Ferroviária está falando em projeto grande, coisas maiores. Respeito é a base de tudo. Vamos trabalhar em cima de respeito”, acrescentou.

Sem dar detalhes sobre o que realmente aconteceu, Picoli repetiu a palavra ‘respeito’. “Respeito não tem para o Picoli ou para os companheiros. É para todo mundo ali dentro. Nós não fazemos trabalho em cima do Picoli ou do Wellington, nós fazemos trabalho para a Ferroviária. É um jovem, um menino e ele vai evoluir ainda. Ou você aprende pelo amor ou pela dor”, ressaltou.

Mesmo assim, o técnico da Ferroviária fez questão de deixar claro que Wellington ainda tem créditos com ele. “Lógico que tem. Lembra uma vez que falei que precisava ficar apertando os parafusinhos deles? De vez em quando você não acerta o parafuso, tem que ir em outro. Aqui ninguém exclui ninguém, nós incluímos. Mas é importante que eles entendam que para o futuro da instituição eles precisam seguir as regras, que são poucas por sinal. Pouquíssimas perto do que se vê por aí. Mas elas são fieis, não tem negociação”.

Com apenas mais cinco jogos para fazer nesta segunda fase, a Ferroviária já volta a campo amanhã, contra o Bragantino, na Arena da Fonte, a partir das 20h. O time de Araraquara precisa da vitória para não se complicar e colocar em risco sua classificação para a fase de mata-mata. Apesar de possuir a melhor campanha de toda a primeira fase, esta etapa da competição começa do zero.



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