Depois de gol histórico que colocou a Intelli/Orlândia na final, Dieguinho diz viver um sonho

27/11/2014 10:02:00

Pivô revela noite de insônia, admite que a 'ficha ainda não caiu' e relata choro dos jogadores no vestiário

F. L. Piton / A Cidade
Pivô revela noite de insônia, admite que a ‘ficha ainda não caiu’ e relata choro dos jogadores no vestiário (Foto: F. L. Piton / A Cidade)

Contratado pela Intelli em setembro do ano passado depois de passagem vitoriosa no Dínamo de Moscou, da Rússia, Dieguinho escreveu o seu nome na história do futsal de Orlândia. Foi dele o “gol mágico” que classificou o time orlandino à terceira final seguida de Liga Nacional, marcado quando faltava um segundo para terminar a decisão contra o Corinthians.

Quando tudo parecia conspirar a favor do Timão, no Ginásio do Parque São Jorge, o pivô fez o improvável: chutou da entrada da área e viu a bola entrar justamente quando o cronômetro se aproximava do zero. Horas depois, Dieguinho ainda não tinha uma explicação para a virada épica, em jogo que só foi terminar no início da madrugada de ontem, em São Paulo.

“Foi uma coisa que não tem explicação, é obra de Deus. Ninguém mais acreditava, não consegui dormir pensando em tudo que aconteceu no jogo de ontem [anteontem]. A ficha ainda não caiu, é um sentimento muito grande, estou sorrindo para qualquer pessoa que passa ao meu lado”, disse Dieguinho.

O dia seguinte do pivô foi de muitos cumprimentos, telefonemas de familiares e amigos. E de repouso. Dieguinho aproveitou a folga para relaxar. Um descanso merecido não só pelo gol histórico da última terça-feira, mas pela boa fase que vive o atleta, que busca seu primeiro título nacional.

“Entrei no vestiário após o jogo abraçando os companheiros, todos estavam chorando. Liguei para meus familiares, eles também choraram de emoção, foi Deus que me iluminou. Agora é descansar, treinar, fazer uma grande final e trazer o título”, comentou.

Um jogo inesquecível

Mineiro de Ribeirão das Neves, Dieguinho considera o gol marcado diante do Corinthians como o mais importante de sua carreira.

“Foi o jogo da minha vida, tínhamos oito mil pessoas torcendo contra nós, as circunstâncias também não eram favoráveis, mas conseguimos. Estou vivendo o que qualquer jogador gostaria de viver, fiz o gol e ajudei a levar o time à final, não tinha coisa melhor”, disse. O pivô relembrou o lance do gol histórico diante do Timão.

“Tive pouco tempo para pensar, a bola bateu na minha coxa e fui feliz ao finalizar sem deixar ela cair no chão. Eles [jogadores do Corinthians] reclamaram de uma mão na bola, o que não aconteceu, foi mais desespero por parte deles”, finalizou. No Brasil, Dieguinho só havia defendido o Minas (MG).

Federação adia reencontro

Poucas horas depois do épico confronto da última terça-feira pelas semifinais da Liga Nacional, a FPFS (Federação Paulista de Futsal) acatou o pedido do Orlândia e adiou o confronto entre as duas equipes, válido pelas semifinais da Liga Paulista.

O jogo de ida aconteceria hoje, às 19h, novamente no Parque São Jorge, mas, por falta de segurança, será remarcado para outra data. O Timão, inclusive, pode ser obrigado a atuar fora de casa por causa do incidente ocorrido anteontem, quando torcedores do clube iniciaram um tumulto na arquibancada, tentando invadir a quadra.

“O Carlão [supervisor] e o Cidão [técnico] disseram que nós não jogaríamos. A Federação entendeu que não haveria clima”, disse o fixo e capitão Marinho.



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