Jogador alegou ter sido demitido pelo Botafogo após confusão às vésperas das quartas de final do Paulistão de 2014, mas juíza do Trabalho deu outro entendimento
O Botafogo conquistou uma vitória fora do campo de jogo nesta segunda-feira (19). Foi publicada decisão da juíza Andressa Venturi da Cunha Weber, da 6ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, que informa que foi julgado como improcedente o pagamento de saldo de salário de abril de 2014 ao jogador Camilo, ex-jogador do Tricolor.
Camilo, que hoje defende o Internacional-RS, entrou na Justiça do Trabalho alegando que teria sido demitido do Botafogo sem receber todas as verbas rescisórias e ainda pleiteava o pagamento referente ao último mês de trabalho. O departamento jurídico do Botafogo conseguiu contornar a situação e comprovou que o último salário de Camilo teria sido pago como adiantamento a ele no início de 2014, quando ele se apresentou ao clube para disputar o Paulistão.
Segundo apurou a reportagem, Camilo estaria pleiteando algo em torno de R$ 130 mil nesta ação judicial, porém ele deverá receber algo entre R$ 30 mil e R$ 40 mil, que são correspondentes ao pagamento das verbas rescisórias, FGTS e seguro desemprego. Porém, a juíza determinou a dedução de R$ 18 mil referentes ao último salário que o jogador recebeu como adiantamento no clube.
Camilo foi um dos destaques do Botafogo no Paulistão de 2014, porém o grande problema na relação entre jogador e clube aconteceu às vésperas da decisão pelas quartas de final da competição. Camilo abandonou o hotel onde os jogadores botafoguenses estavam concentrados ao ser informado pela comissão técnica de que não seria titular na partida contra o Ituano. No Estádio Santa Cruz, e sem Camilo, o Botafogo ficou no empate sem gols e depois foi eliminado nos pênaltis.
"Esse resultado reestabelece a verdade processual e conseguimos provar que o Botafogo estava certo nesta questão e o Camilo não foi demitido como ele havia alegado. A conduta dele não foi correta", afirmou Dmitri Abreu, advogado do Botafogo.
A decisão da Justiça do Trabalho não é definitiva e ainda cabe recurso, porém os advogados de Camilo terão oito dias a partir desta terça-feira (20) para se manifestarem.